Resenha: Cruzando o caminho do sol - Corban Addison

Sita e Ahalya são duas adolescentes de classe média alta que vivem tranquilamente junto de seus familiares, na Índia. Suas vidas tranquilas mudam completamente quando um tsunami destrói a costa leste de seu país, levando com suas ondas a vida dos pais e da avó das meninas. Sozinhas, elas tentam encontrar um modo de recomeçar a vida. Mas elas não devem confiar em qualquer um...
Enquanto isso, do outro lado do mundo, em Washington, D. C., o advogado Thomas Clarke enfrenta uma crise em sua vida pessoal e profissional e decide mudar radicalmente: viaja à Índia para trabalhar em uma ONG que denuncia o tráfico de pessoas e tenta reatar com sua esposa, que o abandonou.
Suas vidas se cruzarão em um cenário exótico, envolto por uma terrível rede internacional de criminosos.
Abrangendo três continentes e duas culturas, Cruzando o Caminho do Sol nos leva a uma inesquecível jornada pelo submundo da escravidão moderna e para dentro dos cantos mais escuros e fortes do coração humano.

ISBN-13: 9788581630090
Ano: 2012 / Páginas: 447
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Uma história impressionante e impactante. Sou muito fã de histórias que são ambientadas na Índia, tenho uma paixão enorme por essa cultura. No entanto, o que eu li nesse enredo, meio que mexeu comigo. A Índia é um país de contraste é rica e ao mesmo tempo pobre, sempre que eu leio algum romance indiano eu sei que vou encontrar muitas diferença, seja na cultura, na culinária ou mesmo sobre o direito das mulheres. Só que esse livro em particular me fez ver algo que nunca tinha visto em nenhum outro livro do gênero.

A visão romanceada que eu tinha da Índia, sofreu um pequeno abalo. Claro que o que acontece no livro, pode acontecer em qualquer lugar. Um dia se Deus permitir quero conhecer esse lugar mágico, claro que agora meu olhar está bem diferente do que antes.

Cruzando o caminho do sol, vai contar a história das irmãs Sita e Ahalya que por conta de uma catástrofe ambiental ficaram órfãs, sua terra natal foi devastada. E em meio ao caos, elas irão tentar recomeçar. Mas, no meio do caminho, elas são raptadas e vendidas para um bordel na maio favela da Índia.

Thomas Clarke um advogado que está passando por uma crise em seu casamento, e se não bastasse foi escolhido para ser um bode expiatório em uma problema muito sério que estava acontecendo na empresa. Sua esposa não aguentando mais ser esquecida, foge para a Índia. Sem escolhas Thomas resolve tirar um ano sabático, ele teria que trabalhar um ano de graça para uma ONG que combatia a exploração sexual e o tráfico de humanos. Ele não queria ir, mas após presenciar um rapto de uma criança, resolve ir.

A vida das irmãs Sita e Ahalya cruzam o caminho de Thomas, mas esse caminho é triste e sofrido. Se você acha que essa história é apenas mais um romance, está enganado. Sem papas na língua o autor descreve com maestria, o que as mulheres sofrem nesses bordeis, como são obrigadas a venderem o próprio corpo e como a liberdade pode ser algo tão difícil de conquistar.

Infelizmente eu não conhecia esse lado tão obscuro da Índia, é terrível de se imaginar algumas situações que as irmãs são obrigadas a viverem. E o pior, é que os governantes sabem, mais preferem olhar para o outro lado. Se por um lado eu fico triste, pelo outro fico feliz que nesse mundo existem pessoas que trabalham para salvar essas meninas e mulheres de uma vida deplorável.

Aqui você irá conhecer uma Índia pobre, injusta e principalmente maligna. Mas ao mesmo tempo cheia de sons, cheiros, amor e liberdade. Assim como esse País essa história é cheia de contraste...