O duque e eu - Julia Quinn

Resumo da Editora: Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas.                                             

Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível.                                 

É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo. Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga.                                  

A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.                                  Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora, ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.                                               

Primeiro dos nove livros da série Os Bridgertons, O duque e eu é uma bela história sobre o poder do amor, contada com o senso de humor afiado e a sensibilidade que são marcas registradas de Julia Quinn.

Minha opinião

Romance de época é um dos meus gêneros literários preferidos. Durante toda a minha adolescência e início da minha vida adulta, consumi demasiadamente esse gênero, chegando ao ponto de ficar saturada. Quando lemos muito do mesmo não tem como não abusar, não é verdade? Com esse sentimento de saturação resolvi dar uma pausa, então, busquei me aventurar por outros universos, conheci outros gêneros o que expandiu muito a minha mente e enriqueceu a minha vida literária.

Quando dei essa pausa a editora (Arqueiro) já estava começando a lançar Os Bridgertons, nunca imaginei que os livros se tornariam hoje, a série literária queridinha do momento e a obra mais conhecida da Júlia Quinn.

Confesso que depois de ler tantas resenhas a vontade ou a curiosidade de conhecer a história foi diminuindo, porém, ano passado logo depois de assistir a primeira temporada da série lançada pela Netflix a vontade de conhecer o livro aumentou muito. Principalmente devido aos fãs apontarem mudanças gritantes entre a história do livro e o roteiro da série.

Então, esse ano (2022) resolvi dar uma chance, confesso que eu não me arrependo em nenhum momento, a leitura fluiu muito bem, tão bem que demorei apenas três dias para finalizar a leitura e ainda tentei ir devagar. Mas.... Apesar de gostar da fluidez e do ritmo, teve algo que me incomoda muito.

Julia Quinn escreve divinamente bem principalmente quando o assunto é humor. Ela soube pincelar pequenas doses de humor deixando a história leve e divertida e sem exageros, mas existe uma problemática aqui que não foi bem trabalhado, mais a frente comento sobre isso.

A família Bridgertons é muito divertida! Um dos pontos que eu mais gostei foi a vibe que a família passa ao leitor. A sensação de caos (algo típico de família numerosa) devido os irmãos estarem sempre criando confusões entre si, e ao mesmo tempo uma ordem, uma harmônia e uma beleza. Pois, existe muito amor e respeito envolvido nessa família.


Daphne Bridgerton

Bom, particularmente durante a leitura eu gostei e ao mesmo não gostei dessa personagem. Daphne vai contra o perfil típico das mocinhas dos livros do gênero: inocente, pura e muito apaixonada. Disso eu gostei, sua personalidade é um pouco ousada para a época em que o enredo se passa.

A impressão que a Daphne me passou foi um misto de simpatia e infantilidade com pitadas de mau caratismo. Principalmente depois da atitude que ela teve durante a lua de mel, levada pelo seu egoísmo Daphne acaba abusando de Simon na tentativa de engravidar. 

Esse momento foi podre, fiquei com muito nojo dessa garota, a situação que a autora descreveu foi muito problemática, é só imaginar se fosse ao contrário, provavelmente Simon não seria mais visto como o mocinho.

A decisão de fazer sexo com o marido bêbado e vulnerável só mostrou que ela não é uma mulher confiável e principalmente egoísta.
Daphne estava disposta a perder seu amor, destruir seu casamento por causa de um filho que naquele momento não era desejado pelo pai. Ela não pensou em nenhum momento no ambiente hostil do qual seu filho seria inserido.

Simon tinha cicatrizes profundas provocadas pelo pai, anos de humilhação, de descaso, de falta de amor. A vingança dele estava bem fundamentada, porém com o tempo tenho certeza absoluta que esse sentimento seria curado, e o desejo de construir uma família seria despertado. Isso era tão certo que o final foi justamente esse, deixando claro que o episódio horroroso poderia não ter acontecido.

Para mim, ter mantido esse acontecimento só deixou o processo de cura um pouco acelerado quebrando o encanto da história.

Tirando esse detalhe que realmente me incomodou muito, o enredo merece muito o sucesso que vêm conquistando. Apesar de ser apenas o primeiro livro, não tenho medo de afirmar que esse casal com certeza não é o meu preferido. Apesar dos sentimentos claros de Simon e Daphne, não senti verdade, como também não senti química. Engraçado que essa foi a mesma impressão que eu tive ao assistir a primeira temporada da série da Netflix.
 

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