Olá, meus queridos sonhadores e amantes de livros! Em quanto não publico as resenhas das minhas ultimas leituras, que tal conhecer uma pouco mais a autora Denise Flaibam?
Para quem não lembra, publiquei AQUI a resenha do seu primeiro livro. Bom, não faz tanto tempo assim, porém, muita coisa aconteceu na vida de Denise. Ela já tem em seu currículo dois livros lançados e o terceiro quase chegando. Chega de papo... venha conhecer a criadora de Warthia!
Denise, você lembra quando surgiu o desejo de ser escritora?
Eu lembro quando surgiu o desejo de contar
histórias, mas quando eu percebi que era ser escritora era um sonho alcançável,
já escrevia fazia muito tempo. Comecei aos onze anos, escrevendo fanfics de
Harry Potter, Piratas do Caribe e Eragon, e a paixão pela escrita só cresceu a
partir daí. Foi nessa época que surgiu a primeira ideia para Warthia. Quando eu
tinha quinze anos, depois de duas reescritas, foi que eu terminei o primeiro
livro e me determinei a procurar alguma editora para ele, porque era a primeira
das muitas histórias que eu queria apresentar aos meus leitores.
Por que
estrear com um livro do gênero fantástico?
Porque foi esse gênero literário que me fez
apaixonar pela literatura. Foi com Harry Potter, Senhor dos Anéis e As Crônicas
de Narnia que eu mergulhei na leitura, e daí para frente, nunca parei. Eu
queria criar um mundo tão mágico e apaixonante quanto a Terra Média, um lugar
como Hogwarts ou Narnia, onde meus leitores iriam querer se aventurar quando
lessem a história.
O que a levou a criar um mundo tão complexo que é Warthia?
Foi principalmente esse amor pela Terra
Média. A possibilidade de construir um lugar mágico, dar vida a todo um mundo,
um universo pra chamar de "meu", isso me levou a trabalhar muito na
edificação de Warthia. Porque criar um mundo não é nem um pouco simples! Se
construir personagens já leva semanas, para deixar Warthia perfeita, do jeito
que eu tinha em mente, levei anos.
Onde
você buscou inspiração para criar o mesmo?
Além dos três mundos citados, eu peguei um
pouco de inspiração em vários filmes que eu assistia e achava interessantes. O
desenho Avatar também foi grande inspirador, porque a magia elemental é um
detalhe importantíssimo em Warthia, e junto as minhas pesquisas, encontrei
inspiração na cultura que o desenho Avatar criou. Muita inspiração veio do
mundo real também, porque, pelo menos para mim, ter um pouquinho da sua
realidade em um universo fantástico deixa ele ainda mais especial.
Como
criadora dessa maravilhosa história, o que sentiu quando seu sonho tornou se
realidade?
Eu costumo falar que a sensação foi
indescritível, porque ainda é! Sempre que um leitor vem comentar comigo o que
achou do livro eu fico nas nuvens, sorrindo que nem boba, porque era exatamente
para isso que eu quis escrever: para que outras pessoas se encantassem com o
que me encantava.
Descreva
como foi tocar no primeiro livro impresso?
Eu lembro perfeitamente do dia em que eles
chegaram pra mim. Eu tinha faculdade a noite, então estava me preparando pra ir
quando a transportadora chegou com as caixas. A faculdade foi esquecida naquele
dia HAHAHAHA ver todo um trabalho de anos impresso foi quase mágico; ainda hoje
eu olho para os meus livros, quando vou enviar para algum novo leitor, e é meio
estranho pensar que aquelas palavras no Word se transformaram naquilo. Mas a
sensação é viciante, e eu mal posso esperar para ter o terceiro impresso!
Foi
difícil encontrar uma editora que acreditasse no seu projeto?
Para mim, nem tanto. Eu mirei na Novo Século,
porque gostei da iniciativa do selo Novos Talentos, e consegui a oportunidade
de primeira. Foi muito mais difícil espalhar o nome do livro por aí, mas é um
desafio gostoso.
Que
conselho você transmitiria para uma escritora iniciante?
Acreditar na sua história é o principal. Tem
todas as dificuldades, sim, publicar não é fácil. Escrever não é fácil! Como
disse a Eleonor, escritora de Cisne, num evento: "nem toda pessoa que
escreve é um escrito" porque é isso mesmo. Não é qualquer história que
está apta a ser apresentada para o mercado literário, e não é de qualquer jeito
que você vai colocar a sua ideia num papel. Escrever exige muita dedicação,
muito esforço, pesquisa e paciência. Mas, se você realmente acredita na sua
história, se você realmente acha que valha a pena confiar nela e seguir em
frente, então não vai deixar que nada te impeça.
O que
você achou mais difícil enquanto escrevia o livro?
Eu achava, e ainda acho, muito difícil manter
a rotina. Eu tenho aqueles bloqueios de escrita muito poderosos, e é difícil
passar por cima deles. Tento escrever todo dia, mesmo que seja uma página, para
não perder o costume e não deixar as ideias dormindo por muito tempo.
Tem
alguma coisa que você mudaria na história, hoje?
Uma coisa que eu não faço é reler os meus
livros. Depois que eles foram impressos, eu não chego mais perto da história,
porque sou indecisa e provavelmente mudaria muitas cenas, acrescentaria coisas,
detalhes que eu não posso mexer. O livro tá pronto, ele tá pronto e vai ficar
assim para sempre.
Caso
você tenha recebido alguma resenha negativa, relate o que você sentiu. Isso te
afetou como escritora?
Acho que eu recebi duas resenhas negativas
até hoje - nem foram resenhas, foram mais comentários negativos, mas muito
educados e críticos da maneira certa. Coisas que qualquer profissional precisa
para melhorar. Eu sinto aquele friozinho na barriga quando a pessoa fala que
não gostou, mas quando ela explica o porquê de não ter gostado, eu entendo e
marco para mim mesma, para melhorar nas obras futuras.
Foi
complicado criar tantos personagens diferentes com suas respectivas
personalidades?
Muito! Os personagens sempre me dão dor de
cabeça, da melhor maneira possível. A parte que eu mais amo na escrita é poder
dar vida àqueles que vão viver as minhas histórias. Sempre que eu penso num
livro, a primeira coisa que me vem à cabeça é quem vai estar nele, e aí começa
o trabalhão.
Tem
algum personagem que é mais especial para você?
Todo personagem tem um que de especial pra
mim, para ser sincera. Mas eu adoro citar o príncipe Luke como meu favorito em
Warthia, porque ele é mesmo - não deixe os outros saberem disso HAHAHAHA.
Vocês conhecem o Luke no segundo livro, A
Fortaleza do Dragão, e espero ter passado bem a aura misteriosa e sombria do
coitado. Ele é um personagem muito complexo, que teve um passado sofrido e,
aparentemente, tem um futuro mais sofrido ainda. Não dá pra saber qual o lado
dele na guerra, mas dá pra saber que ele vai ser uma peça importante no jogo
entre a Luz e as sombras. A maioria dos leitores que já terminaram o livro já
estão amando ele, o que me deixa bastante aliviada! O Luke vai ter grande
participação nos livros três e quatro, e mal posso esperar para mais e mais
leitores se apaixonarem por ele!
De onde
você buscou inspiração para criar a personagem Serafine?
As duas principais inspirações para a
Serafine foram a princesa Leia, de Star Wars, e a Rose Hathaway, de Vampire
Academy, porque sim, a Serafine tem uma personalidade muito forte. Eu queria
escrever personagens femininas complexas, e trabalhar seus trejeitos
diferenciadamente para cada uma, para mostrar que a mulher tem força, mas força
não existe só quando a pessoa é A Serafine é a representação da mulher
destemida; ela está para enfrentar um destino incerto, mas ela mostra coragem
quanto a aceitar ele. Ela não abaixa a cabeça facilmente, e ela está sempre
disposta a ficar mais e mais forte para proteger quem precisa. E, claro, ela
tem uma língua afiada, e bate de frente com personagens que têm personalidade
semelhante a dela - vide o Jarek.
Todos
os personagens são bem impactantes e reais, como foi criar personagens tão
vivos? Teve algum personagem que deu trabalho para criá-lo?
Pra mim, todos são muito vivos. Colocar o que
eu vejo em mente no papel é um grande desafio, sempre, porque eu tenho medo que
eles não soem tão palpáveis para o leitor como soam para mim. Até agora, graças
aos céus, tenho conseguido!
Acho que a personagem mais complexa, pelo
menos no universo de Warthia, é a própria Serafine. Porque trabalhar todos os
problemas, e o psicológico de alguém que tem o destino de um mundo nas próprias
costas é muito complicado. Especialmente porque tem muita coisa sobre a
Serafine que os leitores ainda não sabem, então tenho que tomar cuidado na hora
de escrever para não falar demais, ao mesmo tempo em que tenho que dar as
pistas de acordo com os trejeitos dela. Mas é uma delícia de escrever, mesmo.
Amo a narrativa sempre que tem o ponto de vista dela, amo suas aventuras e sua
coragem, amo tê-la criado.
Fale um
pouco do seu novo livro.
Bem, apresentando rapidamente A Fortaleza do
Dragão, que é meu lançamento do momento, vou levar vocês até o Grande Deserto
de Warthia. A primeira parte da jornada da Serafine acabou depois da batalha do
livro um, mas uma parte ainda mais importante e complicada está para começar –
Serafine não vai lidar somente com as sombras, mas com as sombras que se
escondem nas pessoas. A corte real do Oeste vai se mostrar um lugar muito
complexo, e a nossa heroína vai precisar ser muito forte por ela e por seus
guardiões – especialmente Ývela e Jarek, que verão seus passados voltando para
confrontá-los. Tem muito suspense, novos personagens carismáticos e, claro,
dois romances de tirar o fôlego!
Para finalizar deixe um recado para seus fãs.
Oi gente! Muito obrigada por terem chegado ao
fim dessa entrevista, e por dedicarem sua atenção aos meus livros. Sou
imensamente grata pelo seu carinho e pelos seus surtos, e espero que minhas
histórias continuem causando grandes emoções!
Caso você ainda não tenha lido, mas se
interessou pelos livros, eu tenho ambos aqui comigo para vender! É só me mandar
um e-mail em deniseflaibam@hotmail.com
e eu terei o maior prazer em apresentar você à Warthia.
Mais uma vez, muito obrigada a vocês e a
você, Wanderlea, por essa entrevista lindíssima!
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