Resenha: A Isca, uma história real - João Pedro Portinari Leão


 João saiu para velejar em um domingo de abril perfeito em Búzios, litoral do estado Rio de Janeiro: sol e muito vento. O que ele não sabia é que aquela véspera de feriado de Tiradentes traria o maior desafio pelo qual passaria na vida: sobreviver ao ataque de um tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento.

Sentiu uma batida. Em seguida, um puxão violento que, rasgando sua perna, o levou para debaixo d'água. Não havia dúvida: a morte era certa, rápida e sem sofrimento. Seu último mergulho. Mas, de repente, o tubarão o soltou. João se viu imerso em uma poça de sangue, seu próprio sangue, em mar aberto, há quilômetros da praia. A partir dali começava a velejada mais importante de sua vida. Cada segundo seria determinante na sua corrida para permanecer consciente – e vivo!

ISBN: B0847V131Q
Ano: 2020 / Páginas: 163
Idioma: português
Editora: Edite


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Quando fui selecionada para participar da leitura coletiva do livro A isca, fiquei muito feliz. Porque eu tinha certeza que seria uma leitura reflexiva, e claro, com uma carga de adrenalina. 

A Isca é uma autobiografia  onde o autor narra suas memórias, sua relação intima com o mar já esta em seu DNA, ouso comentar que é quase algo espiritual, pois tanto a sua família paterna quanto a materna são íntimos do mar, enquanto uma prática a pesca de oceano a outra prática a pesca submarina. 

João Pedro Portinari Leão (Portinari te lembra algo? Se você pensou no artista plástico Cândido Portinari ACERTOU! O autor é sobrinho-neto desse grande artista brasileiro) lembra com saudosismo sua infância, aos 7 anos ele já conhecia as ilhas (RJ), os locais de pescas e sabia identificar os peixes além de saber velejar. - que inveja


Com 8 anos, eu já tinha um bote laranja inflável, a remo, com dois metros e meio de comprimento chamado Ala Moana, nome da única loja de surfe qu eu conhecia até então.

Posição 143 - E-book Kindle


Apenas com esse quote que separei, é perceptível que João Pedro se sentia livre no mar, o mar era e sempre foi a sua casa. Mas o que ele não imaginava que no dia 20 de abril de 1997 sua vida correria um grande risco. Tudo aconteceu na praia de Manguinhos em Búzios (RJ) como sempre ele resolveu velejar de windsurf e na volta inesperadamente foi atacado por um tubarão-branco de quase quatro metros de comprimento, então a partir desse acontecimento o autor narra toda a sua angustia e o dilema para tentar se salvar e o clima do livro muda da nostalgia do passado para o terror do presente.

Como leitora fiquei impressionada pelo o ritmo contagiante da narrativa, principalmente por se tratar de uma biografia, pois geralmente uma Biografia ao meu ver são várias informações e curiosidades sobre uma determinada pessoa, não sinto tanto os sentimentos, claro que, dependendo das informações contidas no livro sentimos empatia pela a pessoa, mas no caso desse livro, a forma como João Pedro escreveu me fez se sentir em uma sala de cinema, devo comentar que o roteiro já está pronto!

Adoro a praia, mas tenho fobia do mar (existe um motivo para isso) então ao ler os detalhes do ataque fiquei totalmente apreensiva, fico me perguntando como ele teve inteligência emocional para controlar seu medo, até porque gente, a vida dele estava em jogo, após a mordida do tubarão, ele ficou sangrando no meio do mar, sem ninguém a vista, sinceramente me imaginando nesse cenário com toda certeza eu tinha facilmente sucumbido ao pânico.

Porém, após o climax na narrativa, fiquei ainda mais surpresa com o falling action,  o autor deu uma aula de humanismo, de coragem e de força de vontade. Digo isso porque ele foi mordido por um tubarão, precisou controlar suas emoções para focar em seu próprio salvamento, foi preciso velejar por 40 minutos para chegar à praia - Uffa - se isso não for força de vontade então eu Léa não sei o que é.

Quando citei humanismo é porque mesmo por ter sofrido o ataque, e ter sofrido tudo o que veio depois, ele não culpou o tubarão-branco.

 “Hoje, entendo porque fui atacado por um tubarão-branco no quintal de casa. Invadi o território dele (…). Não respeitei o mar. Achava que era dono dele. Aprendi que não sou dono do mar. Os verdadeiros donos são os peixes”.

É ou não é uma história reflexiva? ele poderia ter culpado o Tubarão, mas não fez, diante da situação terrível ele tirou uma lição: [...] Aprendi que não sou dono do mar. 

Uma leitura que ficará em minha memória por muito tempo, para vocês terem um noção li o e-book em três dias, e poderia ter lido em apenas um dia, porém fiquei com pena de terminar.

A diagramação do E-book está muito organizada, estou super ansiosa para a chegada do livro, quero ver as fotos. Lembrando que vamos ter sorteio no meu Instagram de uma edição.


Redes sociais do autor
Facebook: @aisca
Instagram: @aiscadotubarao


16 comentários

  1. Esse livro deve ser muito bom, acho.
    Pois por se tratar de uma história real.
    Biografias geralmente tem um rimo mais lento, mas não é o caso dessa ne

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  2. Olá.
    Tenho visto muitas resenhas sobre o livro no instagram, e a cada uma que leio fico com mais vontade de ler a obra. Sem dúvidas parece trazer vários ensinamentos, e no fim foi bom ele ter percebido que não é o dono do mar e deve respeitá-lo. A obra já está na minha lista de leituras.
    Abraço.

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  3. Oi. :)
    Eu meio que sou muito impressionada com as coisas, ainda mais se envolve tubarão. Não consigo nem dormir, fui inventar de assistir algo relacionado com tubarão, passei um bom tempo sem entrar no mar kkkkk.
    Adorei sua opinião sobre o livro, e pelas 5 estrelas a leitura foi bem boa.
    Parabéns pela resenha, adorei.

    Beijos.
    Manuscrito de Cabeceira

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  4. Olá, que dica mais bacana! É diferente de tudo que estou habituada e ler e me vi curiosa sobre um pouquinho mais dessa narrativa, por conta da fobia, imagino que tenha sido uma leitura desafiadora para voce.

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  5. Oii!

    Nossa que honra, realizar essa leitura! Eu não sou muito fã de biografias, mas fico feliz em ver as resenhas e as histórias que são contadas.
    Gostei muito de conhecer sobre o livro atraves do seu olhar!

    Beijinhos,
    Ani
    www.entrechocolatesemusicas.com.br

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  6. Oi!
    Eu não conhecia o livro, até porque me parece que é lançamento, mas é sempre gratificante quando recebemos algum livro, né?
    Não sou a maior fã de biografias, apesar de ultimamente eu estar tentando ler mais o gênero.
    Imagino como a história deve ser inspiradora, mas no momento, eu passo a dica.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2020/08/resenha-casa-das-orquideas-um-role-pelo.html

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  7. Olá, tudo bem? Interessante ter achado pontos reflexivos durante a leitura, que pela sinopse parece ser bem impactante hein?! Nunca tinha ouvido falar do livro, mas fiquei bem curiosa sobre o que trouxe dele e do autor. Dica super anotada!
    Beijos

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  8. Ainda não conhecia essa obra e confesso que jamais imaginaria que a mesma seria uma autobiografia. Acho que nunca li nada como esse livro, sabe? Gostei de conhecer um pouco mais e sua opinião sobre a mesma. Adoro quando conseguimos nos conectar com o enredo e com toda a história apresentada.

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  9. Amo quando a leitura é tão boa quanto esperavamos.
    Não conhecia a obra nem o autor, mas a capa me lembrou muito a do livro Tubarão.
    Adorei conhecer a obra aqui através de sua resenha!
    Parabéns e obrigado pela dica!

    beijinhos

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  10. Oi!
    Não gosto muito de ler biografias, mas esse me chamou a atenção pela expectativa e pelo que o autor passou para se salvar, me deu muita curiosidade de conhecer essa história e saber mais sobre o mesmo e outra coisa adoro o mar, mas também sei o quanto ele pode ser perigoso. Obrigado pela dica, já está anotada, parabéns pela resenha, ficou maravilhosa, bjs!

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  11. Oie, tudo bem? Quando vi a capa desse livro não imaginava que era esse o enredo. Sou muito medrosa, só de pensar em ser atacada por um tubarão já sinto um frio na barriga. Além de ser mordida ter que lutar pela própria vida deve ter sido uma experiência surreal. Se fosse comigo acredito que desmaiaria ao ver sangue. Um abraço, Érika =^.^=

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  12. Oi, tudo bem?
    Eu não conhecia esse livro ainda, mas só de saber que é uma autobiografia eu já desanimo. Não sou muito fã de biografias, só leio quando é sobre alguém que eu realmente gosto e me interesso. Saber de toda a experiência que ele teve sendo atacado por um tubarão e tendo que lutar pela própria vida me desanima mais ainda, não é o tipo de história que me atrai. Mas adorei ler sua resenha e saber o quanto a leitura te impactou.
    Beijos!

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  13. Ainda não conhecia o livro e adorei a premissa porque gosto de histórias reais assim, contadas um pouco no tom de prosa e acho que o livro pode me agradar muito.
    Beijos

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  14. Quero tanto ler essa obra, ainda mais que se trata de uma história que é relacionada a minha profissão (biólogo). Espero poder ler em breve, pois estou realmente curioso para saber desse enredo na íntegra.

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  15. Olá!
    Não conhecia esse livro, não sounmuito de ler livros desse estilo, mas gosto de conhecer um pouco sobre, parace ser uma história bem instigante e que me deixaria bem nervosa rs.
    Beijos

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  16. Olá!!!
    Admito que fiquei com essa biografia que é muito diferente realmente das outras e acho que com tanto filme de tubarão que tivemos e temos não tenho dúvidas que é uma ótima leitura.
    Amei de verdade.

    lereliterario.blogspot.com

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